Nunca fiz, nem sei fazer críticas a livros, vou apenas escrever minhas observações pessoais sobre o livro Jardim de Inverno.
Há muito tempo não me emocionava tanto ao ler um livro, aliás, não me lembro de ter me emocionado tanto lendo. Por isso, resolvi contar um pouquinho da minha experiência aqui. Quem sabe alguém ai se anima e começa também, tenho certeza de que irão se surpreender.
Livro Jardim de Inverno
Autora Kristin Hannah
Editora Novo Conceito
7ª Impressão – 2014
Comecei a ler o livro porque vi algumas indicações, já que ele era relacionado a Segunda Guerra Mundial. Minha primeira vontade em ler foi apenas por essa relação com a guerra.
Confesso que no começo eu estava bastante interessada, mas depois achei a história mais parecida com um romance normal e não via onde estaria relacionado com Segunda Guerra em si, já que uma parte da história se passa na antiga União Soviética, e falava sobre o comunismo.
Mesmo assim continuei, pois as indicações para esse livro eram realmente ótimas.
Foi então que Anya, uma russa de Leningrado, que hoje é São Petesburgo, me surpreendeu com uma emocionante e surpreendente história, triste e ao mesmo tempo cheia de amor. No início da história eu tinha até raivinha dela, mas depois passei a admirá-la, assim como fizeram suas filhas. E no final do livro, todo o começo fez sentido.
Preparem os lenços, pois existem partes do livro que é praticamente impossível segurar as lágrimas, elas saem naturalmente, apenas de imaginar tamanho sofrimento.
Quando acabei fiquei olhando a folha, pensando nos personagens, imaginando tudo (adoro fazer isso, viajar) e sinceramente, as lágrimas não paravam de cair. Quantas pessoas passaram pelas mesmas coisas? Quantas pessoas tem histórias semelhantes na família?
Durante a guerra, muitas pessoas foram extremamente fortes, confesso que tenho dúvidas das minhas reações diante dos momentos que são descritos no livro.
“Você ficaria surpresa com o que o coração humano pode suportar”
E além de fazer a gente chorar, esse livro deixa uma lição, que já sabemos, mas que insistimos em esquecer.
Nunca devemos julgar uma pessoa, como diz a música “cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”. As vezes tomamos decisões que, pra nós podem parecer erradas, mas no momento era o melhor a se fazer. Mas diante disso, pode-se carregar culpa, remorso e tristeza para o resto da vida, achando que poderíamos ter feito melhor, e esses sentimentos influenciam diretamente nas atitudes.
Essa frase está na capa do livro:
“Nós mulheres, fazemos escolhas pelos outros, não por nós mesmas. E quando somos mães, nós suportamos o que for preciso por nossos filhos.”
E continua dentro do livro
“Você vai protegê-las. Isso vai doer em você; isso vai doer nelas. Seu trabalho é esconder que seu coração está partido e fazer o que elas precisam que você faça.”
E não é assim? No livro uma mãe toma atitudes extremamente difíceis para tentar proteger a família, e para isso deve-se colocar o amor em primeiro lugar, deixar o egoísmo de lado.
A história realmente vale a pena ser lida.
Não conhecia essa escritora, mas pela clareza da escrita, riqueza de detalhes e por conseguir fazer eu me emocionar em tantas partes, a ponto de soluçar (ta bom, eu sou um pouco chorona), já peguei o nome de outro livro dela também indicado, e está na minha lista!!
Leiam!!
Quem ler ou quem já leu me conte aqui!!
Aproveite para garantir seu livro!!
Paulista, 44 anos, descendente de italianos, blogueira, que entre um post e outro, curte preparar novas receitas na cozinha, tem paixão por viajar e conhecer novos lugares para contar por aqui e ama ajudar as pessoas a se desenvolverem. Vive na Alemanha há mais de 10 anos, com seu marido.
Atualmente, divide seu tempo entre as viagens e atendimentos de terapia holística e astrologia.
4 Comments
Elaine Magalhães
27 de fevereiro de 2015 at 12:41Nossa, eu imagino! Só pelo teu relato deduzo o que foi mergulhar nessa aventura verídica de um passado que não está tão distante, leitura assim me fascina pois é um aprendizado que carregamos para toda vida e aprendemos desse modo a desapegar e até mesmo adquirir certos pensamentos, atos, comportamentos enfim somente agrega a nossa capacidade de modificação e assimilação dessa nada mole vida. Também choro, rio e até sonho quando durmo enquanto leio livros assim kkkk não se preocupe pois não está nessa sozinha. Felicidades e saúde para vc e familia SEMPRE. Ótima indicação Aline.
A Li descobrindo a Alemanha
27 de fevereiro de 2015 at 12:43Eu viajo também imaginando tudo, é uma delícia nao é?! Bjooo
Anônimo
3 de agosto de 2016 at 06:14Olá,
Acabei de ler Jardim de Inverno hoje, e confesso que nunca me senti tão emocionada com um livro como fiquei.
A leitura é envolvente, no começo não imaginei que pudesse ser tão intenso. Tudo que você descreveu eu senti, recomendo a todos.
A Li na Alemanha
3 de agosto de 2016 at 06:15Que bom que gostou!! Esse foi um livro surpreendente e foi o que conheci essa maravilhosa autora!! 🙂